domingo, 22 de junho de 2014

As principais características do capitalismo no Brasil



A questão social, no entanto é a relação entre o capital e o trabalho. No Brasil essa contradição sempre pesou com os interesses do capital com relação à força de trabalho, foram esses interesses do alto que modelaram a nossa organização industrial e capitalista. No Brasil historicamente identificamos que o moderno ele se constrói por meio do arcaico, do velho, nós somos um velho forjado de novo. Ele vem revestido com novos elementos, mas é o mesmo.
Iniciamos uma industrialização ainda com uma lógica de trabalho escravo, a radicalização da questão social, é a extrema desigualdade, não tem como tencionarmos a força de trabalho tem uma concepção muito ainda pautada na escravidão com esse desenvolvimento tecnológico, somos quase que arrastados por esse novo momento sem conseguir refletir e resistir. Saímos da terra como escravos e entramos na fábrica como novos escravos.
Outro elemento fundamental e o desenvolvimento desigual no Brasil diferente de outros países, o desenvolvimento econômico ele se deu completamente diferente do desenvolvimento social, aquilo que deveria servir para aumentar, para qualificar a vida da sociedade, foi ao contrário não é a toa que somos um dos países com o maior nível de desigualdade do mundo, crescemos economicamente muito e socialmente ficamos estagnados, não conseguimos fazer esse avanço.
A modernização conservadora, se mantêm conservadora, se moderniza mas mantêm os elementos aqueles sujeitos que eram os conservadores, hoje são os modernos, a elite cafeeira, hoje é a elite empresarial.
Incorporação e/ou criação de relações sociais arcaicas ou atrasadas nos setores de ponta na economia, que adquirem força nos anos recentes: peonagem, escravidão por dívida, clandestinidade e precarização do trabalho.
Questões de ordem política e social se reapresentam, o Brasil teve feições antidemocráticas em toda a sua estrutura, o Brasil ainda não aprendeu de fato a ser democrático, ele aprendeu a ser antidemocrático. O Estado que é cotado pelas elites, as elites se aproximam desse Estado, fazem uso dele para si. As relações não são de direitos, são de favor, não são de usuários, são de clientes.

Andreza Lazzarotto

quinta-feira, 19 de junho de 2014

A relação estabelecida entre o capital e o trabalho.



Nesse processo de aumento da produtividade com a diminuição da mão de obra, as pessoas não somem, mas há um momento de desemprego, acaba de formando o que chamamos de ‘’Exercito de mão de obra industrial de reserva’’.  Muitas pessoas estão ficando fora do processo produtivo, e acabam formando esse exercito, ou seja, é uma parte da população que não esta empregada, mas é fundamental para o processo capitalista, pois é ela que pressiona os baixos salários, e isso vivemos hoje de uma forma bem intensa. Esse exercito industrial de reserva são pessoas que estão aptas para o trabalho, mas estão desempregadas no momento, provavelmente muito de nós já ficamos nessa situação de desemprego, por mais que tivéssemos aptos para trabalhar, acabamos não nos inserindo nesse processo produtivo,  essa situação flutua, assim como há pessoas que estão empregadas, se desempregam  e conseguem outro emprego. Mas para além dessa população existe uma outra população que se denomina supérfluos para o capital, pois existem as pessoas empregadas, desempregadas com condições de trabalhar e aquelas pessoas que provavelmente nunca vão conseguir se inserir no mercado de trabalho.
Quando pensamos na expressão da questão social não é o sujeito, é um exercito, a condição é o resultado e que impacto tem na vida dele, de que forma que esse modo de produzir essa contradição entre capital e trabalho que desdobramento vai ter na vida dele.
Isso quer dizer que produzimos pobreza, pois quem nunca serve, não consegue salário, não consegue um meio para sua subsistência. Marx denomina pauperismo, pauperismo é a pobreza resultante dessa desigualdade. Assim como o Capitalismo não é natural, a pobreza também não é, ela é produto desse modo de produção.
Essa ideia de produção de miséria e ao mesmo tempo de produção de riqueza ela é a raiz da produção e reprodução da Questão Social. Numa idéia onde a acumulação do Capital, é um dos frutos e a acumulação da miséria relativa é outro.  Não tem como pensar em capitalismo sem pensar em acumulo de riqueza ao mesmo tempo pobreza.

Andreza Lazzarotto.
Sou a defesa intransigente dos direitos humanos e a recusa do arbítrio e do autoritarismo, o empenho na eliminação de todas as formas de preconceitos, incentivando o respeito à diversidade, à participação de grupos socialmente discriminados e à discussão das diferenças. É assim que eu brilho!!!