sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

O que é ser Assistido Socialmente?

Assistencialismo é Reproduzido nas políticas governamentais “de corte social”, ao contrário de caminhar na direção da consolidação de um direito, reforça os mecanismos seletivos como forma de ingresso das demandas sociais e acentua o caráter eventual e fragmentado das respostas dadas à problemática social.

A Assistência Social era vista de forma dicotomizada, com caráter residual, próxima das práticas filantrópicas, um espaço de reprodução da exclusão e privilégios e não como mecanismo possível de universalização de direitos sociais tida até como necessária, mas vazia de “consequências transformadoras”. Sua operação era revestida de um sentido de provisoriedade, mantendo-se isolada e desarticulada de outras práticas sociais.
Assistência Social -  É um mecanismo de distribuição de todas as políticas sociais e públicas.  Mais do que isso, é um mecanismo de deselitização e consequente  democratização das políticas sociais.
Tem um corte horizontal, isto é, atua no âmbito de todas as necessidades  de reprodução social dos cidadãos excluídos, enquanto as demais políticas  sociais tem um corte setorial (educação,  saúde,…). A assistência social compete processar a distribuição das demais  políticas sociais e também avançar no reconhecimento dos direitos sociais dos  excluídos brasileiros.
É a política de Garantia de Direitos  afim de:
       Prevenir/reduzir situações de risco  social e pessoal.
Proteger pessoas e famílias em  situações de vulnerabilidade.
Criar medidas e possibilidades de  socialização e inclusão social.
Monitorar as exclusões e riscos  sociais da população.
FUNÇÕES
        Proteção Social é a principal função e corresponde ao conjunto de  ações, cuidados, atenções e benefícios para:
            Prevenir os riscos sociais e  reduzir os seus impactos.
Proteger cidadãos e famílias para  que enfrentem com maior autonomia as  contingências da vida.
        Defesa Social e Institucional
            Garantir aos seus usuários o conhecimento dos direitos e sua defesa:  ouvidorias, centros de referência, centros de apoio sócio-jurídico.
Os serviços devem conter normas que disponham sobre o seu funcionamento  e o acesso aos benefícios.
        Vigilância Sócio-Assistencial.
           Produzir informações, construir indicadores e índices de vulnerabilidade  e risco.
Identificar pessoas com redução da  capacidade pessoal, com deficiência,  vitimizações, ameaças, exploração, abandono.
A assistência social a partir do conhecimento que produz, deve  possibilitar a consciência do risco social e pessoal, elucidando que suas  causas são estruturantes decorrentes da dinâmica societária vigente e que como  tal, precisa ser enfrentada.
A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de  Seguridade Social não-contributiva, que  provê os mínimos sociais, realizada  através de um conjunto integrado de  ações de iniciativa pública e da  sociedade, para garantir o atendimento  às necessidades básicas.

Fonte: http://lucyhelen.blogspot.com.br/2013/07/o-que-e-ser-assistido-socialmente.html

domingo, 20 de julho de 2014

Os meios e instrumentos de trabalho utilizados pelo Assistente Social.

A atividade profissional do assistente social, precisa de recursos, pois isso determina o produto do trabalho, se o meu objetivo vai ser alcançado ou não, trabalhamos com necessidades da população que muitas vezes são materiais, que exigem respostas concretas, por mais que utilizarmos a linguagem como meio de trabalho, a estratégia do dialogo reflexivo é mostrar que a fala do usuário, não é somente uma fala, é um jeito de pensar, um jeito de sentir, é um jeito de agir e um jeito de resistir, mas não é só o dialogo que vai mudar a situação vida em usuários se encontram,é preciso de recursos, de políticas públicas para que isso possa ser alterado,temos uma autonomia relativa, pois os instrumentos de trabalho pertencem ás instituições e não ao assistente social, não somos profissionais autônomos, claro que o conhecimento é um dos meios de trabalho que possibilita ampliar essa autonomia relativa, que nos dá possibilidades para procurar outros recursos, de apontar alterações. Existem meios de trabalho que pertence ás instituições empregadoras, e tem um conjunto de competências tais como o conhecimento, habilidades e atitudes que dizem respeito a nossa formação profissional. A nossa finalidade é sempre impulsionar processos de mudança.


Andreza Lazzarotto

domingo, 22 de junho de 2014

As principais características do capitalismo no Brasil



A questão social, no entanto é a relação entre o capital e o trabalho. No Brasil essa contradição sempre pesou com os interesses do capital com relação à força de trabalho, foram esses interesses do alto que modelaram a nossa organização industrial e capitalista. No Brasil historicamente identificamos que o moderno ele se constrói por meio do arcaico, do velho, nós somos um velho forjado de novo. Ele vem revestido com novos elementos, mas é o mesmo.
Iniciamos uma industrialização ainda com uma lógica de trabalho escravo, a radicalização da questão social, é a extrema desigualdade, não tem como tencionarmos a força de trabalho tem uma concepção muito ainda pautada na escravidão com esse desenvolvimento tecnológico, somos quase que arrastados por esse novo momento sem conseguir refletir e resistir. Saímos da terra como escravos e entramos na fábrica como novos escravos.
Outro elemento fundamental e o desenvolvimento desigual no Brasil diferente de outros países, o desenvolvimento econômico ele se deu completamente diferente do desenvolvimento social, aquilo que deveria servir para aumentar, para qualificar a vida da sociedade, foi ao contrário não é a toa que somos um dos países com o maior nível de desigualdade do mundo, crescemos economicamente muito e socialmente ficamos estagnados, não conseguimos fazer esse avanço.
A modernização conservadora, se mantêm conservadora, se moderniza mas mantêm os elementos aqueles sujeitos que eram os conservadores, hoje são os modernos, a elite cafeeira, hoje é a elite empresarial.
Incorporação e/ou criação de relações sociais arcaicas ou atrasadas nos setores de ponta na economia, que adquirem força nos anos recentes: peonagem, escravidão por dívida, clandestinidade e precarização do trabalho.
Questões de ordem política e social se reapresentam, o Brasil teve feições antidemocráticas em toda a sua estrutura, o Brasil ainda não aprendeu de fato a ser democrático, ele aprendeu a ser antidemocrático. O Estado que é cotado pelas elites, as elites se aproximam desse Estado, fazem uso dele para si. As relações não são de direitos, são de favor, não são de usuários, são de clientes.

Andreza Lazzarotto

quinta-feira, 19 de junho de 2014

A relação estabelecida entre o capital e o trabalho.



Nesse processo de aumento da produtividade com a diminuição da mão de obra, as pessoas não somem, mas há um momento de desemprego, acaba de formando o que chamamos de ‘’Exercito de mão de obra industrial de reserva’’.  Muitas pessoas estão ficando fora do processo produtivo, e acabam formando esse exercito, ou seja, é uma parte da população que não esta empregada, mas é fundamental para o processo capitalista, pois é ela que pressiona os baixos salários, e isso vivemos hoje de uma forma bem intensa. Esse exercito industrial de reserva são pessoas que estão aptas para o trabalho, mas estão desempregadas no momento, provavelmente muito de nós já ficamos nessa situação de desemprego, por mais que tivéssemos aptos para trabalhar, acabamos não nos inserindo nesse processo produtivo,  essa situação flutua, assim como há pessoas que estão empregadas, se desempregam  e conseguem outro emprego. Mas para além dessa população existe uma outra população que se denomina supérfluos para o capital, pois existem as pessoas empregadas, desempregadas com condições de trabalhar e aquelas pessoas que provavelmente nunca vão conseguir se inserir no mercado de trabalho.
Quando pensamos na expressão da questão social não é o sujeito, é um exercito, a condição é o resultado e que impacto tem na vida dele, de que forma que esse modo de produzir essa contradição entre capital e trabalho que desdobramento vai ter na vida dele.
Isso quer dizer que produzimos pobreza, pois quem nunca serve, não consegue salário, não consegue um meio para sua subsistência. Marx denomina pauperismo, pauperismo é a pobreza resultante dessa desigualdade. Assim como o Capitalismo não é natural, a pobreza também não é, ela é produto desse modo de produção.
Essa ideia de produção de miséria e ao mesmo tempo de produção de riqueza ela é a raiz da produção e reprodução da Questão Social. Numa idéia onde a acumulação do Capital, é um dos frutos e a acumulação da miséria relativa é outro.  Não tem como pensar em capitalismo sem pensar em acumulo de riqueza ao mesmo tempo pobreza.

Andreza Lazzarotto.
Sou a defesa intransigente dos direitos humanos e a recusa do arbítrio e do autoritarismo, o empenho na eliminação de todas as formas de preconceitos, incentivando o respeito à diversidade, à participação de grupos socialmente discriminados e à discussão das diferenças. É assim que eu brilho!!! 

terça-feira, 13 de maio de 2014

Desafios do profissional Assistente Social


          Segundo Iamamoto,“Um dos maiores desafios que o assistente social vive no presente é desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes de preservar, efetivar direitos, a partir de demandas emergentes no cotidiano.” (Marilda Iamamoto, 1999)
Diante de mudanças significativas da realidade social, o assistente social precisa ser um profissional qualificado, capaz de identificar, compreender e analisar essa realidade para a execução, gestão e formulação de políticas públicas ou empresariais; ter uma postura crítica e também propositiva para que possa responder, em seu exercício profissional, com ações qualificadas que detecte tendências e possibilidades impulsionadoras de novas ações, projetos e funções, rompendo com as atividades rotineiras e burocráticas. E por fim, estar sempre comprometido com o desafio incansável da consolidação da igualdade de direitos e da equidade social e contra todas as formas de exclusão social.
O profissional precisa ser capaz de desenvolver uma prática profissional voltada para peculiaridades da realidade em que atua. Ser crítico, propositivo, que possa agir nas expressões da questão social, formando e implementando projetos, propostas e ações para seu enfrentamento, por meio de políticas sociais públicas, empresariais, de organização da sociedade civil e movimentos sociais. Portanto, um profissional comprometido com os valores e princípios norteadores do Código de Ética do Assistente Social e que atue tendo como referência a concepção social e crítica da sociedade, a compreensão das relações sócio-econômicas, políticas e culturais e uma constante análise da sociedade contemporânea.

domingo, 27 de abril de 2014

A trajetória histórica da saúde no Brasil.

A trajetória da saúde no Brasil é composta por várias fases até o surgimento e a efetivação da Política Nacional de Saúde. Dentre elas, podemos destacar o Sanitarismo Campanhista, o período de 1945-1960, o Modelo Médico Assistêncial Privatista, e por fim o Modelo Plural.
O Sanitarismo Campanhista foi uma campanha sanitária criada para conter surtos de epidemias graves como varíola, malária, febre amarela, chagas, etc. Osvaldo Cruz assumiu a diretoria do Departamento de Saúde Pública e iniciou ações de combate às pestes. Essas ações eram realizadas pelos militares de forma autoritária e abusiva, sem os devidos esclarecimentos à população, o que causou revolta e protestos.
Com a chegada de Carlos Chagas ao Departamento de Saúde Pública, iniciou-se a propaganda e educação sanitária e a criação de órgãos especializados no combate às doenças, assistência hospitalar, infantil e de higiene industrial.

As campanhas já atingiam também as áreas rurais. Em 1923 foi criado a Caixa de Aposentadoria e Pensão – CAPs, cuja assistência era oferecida somente a quem possuía vínculos trabalhistas. Em 1930 a CAPs foi substituída por Institutos de Aposentadorias e Pensões – IAPs, um sistema cooperativista organizado por categorias profissionais.
O período de 1945-1960, caracterizado como período pós-guerra e de implantação do Welfare-State, o governo Dutra implantou o Plano Salte, criou o Ministério da Saúde em 1953, intensificou as campanhas de vigilância sanitária e definiu os serviços básicos de saúde oferecidos à população. No ano de 1960, o governo implantou a Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS) que unificou a legislação referente aos IAPs.
O período conhecido como Médico Assistencial Privatista teve início com o surgimento da assistência médica previdenciária, desencadeado com a criação do INPS em 1967 e INAMPS em 1977, que viabilizou a política dos convênios com os setores privados de assistência médica. Neste período, a assistência prestada através do INAMPS não era universal, beneficiando apenas aos indivíduos contribuintes da Previdência Social, a população não previdenciária tinha acesso muito restrito à saúde e eram atendidos apenas em serviços filantrópicos.
Em 1986 ocorreu a 8ª Conferência Nacional de Saúde, a qual representa um marco histórico para a saúde, pois foi a primeira conferência aberta à sociedade e por meio dela foi implantado a SUDS. A Reforma Sanitária ganhou evidência através da conferência e trouxe mudanças inovadoras em todos os setores da saúde, contribuiu para reanimar os princípios democráticos pautados na defesa da universalização das políticas sociais, na construção de um sistema único de saúde tendo como base a intersetorialidade, integralidade, descentralização, universalização e a participação social.

Com a Constituição de 1988, institui-se o Sistema Único de Saúde (SUS), sendo regulamentado em 1990 com a LOS, que definiu seu modelo operacional, sua forma de organização, seus princípios doutrinários, objetivos e atribuições.
Esse novo modelo de saúde vigente é denominado Modelo Plural, tendo como característica mais importante a universalização do atendimento e a participação da sociedade. É certo que ainda não chegamos a um modelo perfeito de atendimento, pois são muitas as lacunas existentes no sistema SUS, porém, se analisarmos os avanços e as conquistas na área da saúde nas últimas décadas, percebemos que temos muito a comemorar e a certeza que devemos continuar na luta para que os serviços prestados à população sejam realizados de forma digna, igualitária e que os atendimentos sejam oferecidos com qualidade.

Politica de Humanização

A Política de Humanização surgiu em 2003 para efetivar os princípios do SUS, no cotidiano das práticas de atenção e gestão, qualificando a saúde pública no Brasil e incentivando trocas solidárias entre gestores, trabalhadores e usuários. Esta política nasceu da necessidade de se reverter o quadro de “desumanização” e outras problemáticas encontradas na política de saúde realizada através do SUS.
A questão da humanização é importante, pois o paciente será atendido na totalidade, não apenas será tratada a patologia, mas, sim, o todo que é o ser humano, trabalhando com a rede socioassistencial por meio de uma equipe multiprofissional.
Devido a esta necessidade de mudança na política de saúde, muitos projetos de humanização vêm sendo desenvolvidos, por exemplo, na saúde da mulher, na humanização do parto e na saúde da criança com o projeto Mãe-Canguru, para os recém-nascidos de baixo peso, entre outros.
Podemos dizer que a Rede de Humanização em Saúde é uma rede de construção permanente e solidária de laços de cidadania, ressaltando a valorização do ser humano, a integração da equipe, a comunicação, e a conexão com outras políticas sociais.

Fonte: http://servicosocial-erenilza.blogspot.com.br/